Eu só conseguia pensar nela. Ela era meu sol. Tínhamos os mesmos gostos, os mesmos hábitos, os mesmos pensamentos. Não lembro bem como a conheci. Tudo parece um grande borrão que eu suplico todos os dias para que seja apagado definitivamente do meu cérebro. Ela era bonita e inteligente, divertida e engraçada. Impossível não pensar nela. Ela era meu céu, minha terra, meu ar. Agora imagine tudo isso indo. Para longe. Pois é, e foi.
Toda aquela vida ensolarada foi ofuscada e coberta por um eclipse que me deixou sozinho no meio do nada. Não havia céu, não havia terra e nem mesmo ar. Só eu e mais nada. Eu abaixei a cabeça e esperei que aquilo acabasse. Mas não acabava.