05 janeiro, 2012

Ausência de Fé


            A morte. Desde criança eu, particularmente, interpreto-a como uma espécie de sono eterno. Quando eu durmo é como se eu não existisse. Eu não penso, nem me movo. Eu não faço nada. Minha mente fica desligada. A não ser quando eu sonho, claro, mas basicamente acho que é assim morrer. Dormir para sempre, sem ser religado de novo e de novo após o amanhecer. Dormir eternamente e sem sonhos.
            Não consigo acreditar nessa ideia de céu, paraíso e inferno. Não sei, simplesmente não me imagino andando em cima de nuvens, vestindo uma túnica branca e conversando com Einstein ou Elvis Presley. Apesar que, tenho que admitir que isso seria interessante. O caso é que sou ateu, mas gostaria de não ser. Gostaria ter a capacidade de ter fé. De acreditar. Mesmo eu tendo quase certeza que nada dessas crenças seja real, deve ser bom poder depositar as esperanças em algo.