01 abril, 2013

Not so infinite.

  Eu sinto sua falta. Não é todo dia, nem de longe é toda a hora, para falar a verdade acontece raramente... Ainda sim, sinto. Toda a vez que vejo aquela cena, toda a vez que vou àquele lugar, que ouço aquela música... Eu sinto sua falta. Sinto sua falta como um ex-fumante, mesmo depois de anos sem fumar, relembra do gosto relaxante de nicotina na boca, e tenta bravamente resistir ao impulso de retornar ao vício. Eu sinto sua falta como um filho sente a falta de um pai, que morreu há dois anos, toda a vez que vê um amigo jogando bola com um mais velho.
  A dor não é insuportável, nem de longe é, mas ela existe, e dói, pinica. Você não sabe mas agora sou obrigado a passar por aquele lugar todos os dias. Sou obrigado a ter a lembrança constante de eu e você andando por aquela rua, pensando e dizendo que seríamos infinitos.
  Você veio e foi muito rápido, mas deixou um estrago. Não foi grande, não direi que foi, mas deixou, e ele não foi consertado ainda. Eu sinto sua falta. Eu realmente sinto. Mesmo sabendo que você não quer mais me ver. Mesmo sabendo que, no fundo, eu não deveria querer mais te ver.

2 comentários:

  1. Mais um texto pefeito, sem duvidas adoro ler seu blog, e também o Patrono :D

    ResponderExcluir
  2. Você escreve muito bem! Tem um jeito bom de escrever, com ritmo, prende bastante. UHAUAAUH Parabéns mesmo! =)

    ResponderExcluir